Em uma cidade chamada Paraíso, empresário realiza sonho de construir fábrica de pães em SC.

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Empreendedor trabalhava com os pais, em um mercado de bairro, quando teve a ideia de apostar no setor de pães congelados, que ainda era novidade no Brasil.
A cidade se chama Paraíso e foi ali, no município catarinense de 4.080 habitantes, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que o empresário Volmir Antônio Meotti realizou o sonho de ter um negócio de sucesso, depois de várias tentativas frustradas. Proprietário da Dipães, que fabrica pães congelados para padarias e supermercados, os produtos da empresa são consumidos por cerca de 500 mil pessoas todos os dias.
Se você consome pão quente no café da manhã e mora em Santa Catarina, Paraná ou Rio Grande do Sul, é possível que esteja experimentando os produtos desta empresa do Oeste catarinense, que há alguns anos era apenas um projeto do fundador.
Foi no mercado da família, em um bairro de São Miguel do Oeste, cidade vizinha à Paraíso, que Meotti começou sua história de empreendedorismo. O estabelecimento empregava Volmir, seus dois irmãos e ainda seus pais, mas já nessa época ele dividia o tempo entre o trabalho no mercado e as tentativas de sucesso em um empreendimento.
“Abri vários negócios e em todos eles tive ‘sucesso’. Sucesso em conhecimento e experiência, porque financeiramente não obtive os resultados esperados. Abria os negócios com alegria e fechava com felicidade porque percebia onde acertava e no que deveria melhorar”, afirma o empresário, revelando o que considera uma de suas principais virtudes como empreendedor: entender o fracasso como aprendizado.
Segundo Meotti, a ideia de trabalhar com panificação surgiu no supermercado, quando percebeu que ter uma padaria com pão quente para oferecer aos clientes seria um diferencial, que poderia aumentar as vendas e a lucratividade.
Em 2002, ainda quando o negócio de pães congelados era novidade, importou as primeiras máquinas da Itália e iniciou a produção, em São Miguel do Oeste: “não tínhamos experiência em panificação e era preciso coragem para dar o primeiro passo, mas coragem nós tínhamos”, afirma Meotti, utilizando o plural, referindo-se ao apoio da família, que ele considera essencial para o sucesso.
Os primeiros clientes começaram a surgir, o que mostrou que a ideia era viável, mas foi com uma ideia inovadora que ele projetou a empresa para outras cidades além de São Miguel do Oeste.
 
 
Empreendedorismo constante
Ainda no início da empresa, Meotti conta que se deparou com o primeiro obstáculo: a crise do trigo e o elevado preço da farinha. Contudo, o que poderia ser um empecilho, o fez empreendedor novamente: desenvolveu uma receita de pão francês com adição de fécula de mandioca, inovação que chamou a atenção dos consumidores e dos meios de comunicação e tornou a empresa conhecida além da cidade.
Com o crescimento constante, o espaço físico já não era suficiente, tampouco o conhecimento que tinha nesta área. Segundo Meotti, na época o segmento de pães congelados ainda era pouco difundido no Brasil, mas na Alemanha a tecnologia já era utilizada há algum tempo, o que fez com que buscasse no país europeu o conhecimento e também ideias para a expansão do negócio.
Voltou ao Brasil com o sonho de construir a própria fábrica para atender uma demanda crescente. Para viabilizar o negócio, foi em busca de parcerias e assim inaugurou, em 2011, em Paraíso, a unidade de 35 mil m² de área total, sendo 3 mil m² de setor produtivo.
De acordo com Meotti, depois de ter estruturado a fábrica fisicamente, dois fatores foram importantes para que a empresa se concretizasse: a escolha das máquinas, mais modernas possível, e também o investimento em pessoas, com contratações de profissionais com experiência na área de alimentos. Também destaca as parcerias com órgãos, entidades e representantes do setor da indústria para qualificação da equipe.
Desde então, o crescimento da empresa foi constante, chegando a uma produção de 400 mil pães por dia, comercializados em mais de 1.500 pontos de venda, nos três estados do Sul.
Segundo Meotti, no portfólio a empresa tem mais de 200 tipos de pães, não apenas congelados, além de salgados e tortas. E mesmo com o sonho realizado, Meotti continua visualizando oportunidades de expansão.
“A Dipães continuará crescendo, de maneira semelhante ao pão, assado diariamente, de acordo com a demanda, de maneira gradativa e constante”, finaliza o empresário.
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Autor: pre