Café promove inclusão social e geração de renda a nanoprodutores

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Projeto é uma parceria do Trampolim Start Up Café com ONGs que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade econômica ou social

O ambiente moderno, colorido e ultrajovem é similar ao de tantos empreendimentos localizados na região da avenida Paulista, mas uma busca pelo cardápio do Trampolim Start Up Café, na Consolação, dá indícios ao cliente de que está em um lugar diferente. No menu, entre saladas, paninis e sopas, os pratos ganham nome de gente, como o brownie da Josi, e o atendente pode exibir um sotaque de algum canto do mundo. O que diferencia o Trampolim de outros cafés é sua proposta de inclusão, baseada em buscar mão de obra e produtores entre pessoas que têm dificuldade de entrar no mercado de trabalho.

Foto: DINO / DINO

Mais de 70% dos pratos oferecidos no menu vêm de nanoprodutores. O restante é produzido na cozinha do café. Neste momento, entra uma mão de obra especial, resultado da parceria do Trampolim com ONGs que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade econômica ou social. Entre elas, a Afrobusiness (voltada para a população negra), o Centro Social Menino Jesus (localizado no Jardim Mirna, no extremo sul da cidade) e o Estou Refugiado (que auxilia estrangeiros de várias diásporas). São as ONGs que selecionam os candidatos, que são entrevistados pela gerência do Trampolim. Uma vez aprovados, são contratados pela rede francesa. A seguir, confira a história de Josiane, que teve a sua vida transformada ao fazer parte do projeto do café.

Educadora e empreendedora – Quando tinha 17 anos, Josiane Macedo Dias entrou em um curso técnico de panificação e confeitaria para realizar um sonho. “Queria reunir as pessoas em torno do alimento”, lembra. A incomodava o fato de o Jardim Vera Cruz, no extremo sul de São Paulo, não existir uma padaria, algo tão comum em São Paulo. “As pessoas compravam seus pães nos mercados e pagavam mais caro por eles do que quem morava nos bairros nobres da cidade. Eu as convenci que fazer o próprio pão era fácil e mais barato”. Sua habilidade para ensinar pessoas que não podiam pagar por um curso técnico ou universidade, levou Josi a diversos cursos voluntários em comunidades paulistanas. Até que, em 2017, uma ONG a indicou para produzir pães e doces para o Trampolim Start Up Café. “Foi quando virei, sem querer, também empreendedora”. Com a chancela de fornecedora de um hotel conhecido, Josi abriu seu próprio negócio e passou a fazer uma média de três eventos corporativos por mês. Mas não abandonou a periferia. “Continuo a dar aulas voluntárias e, no último coffee break da minha empresa, para 500 pessoas, empreguei 25 colaboradores vindos destes cursos ligados às entidades carentes. Foi tudo perfeito. Criando as oportunidades, podemos fazer muitas pessoas excluídas socialmente sentirem novamente capazes no mercado de trabalho.”

Serviço:

TRAMPOLIM START UP CAFÉ – Rua da Consolação, 2303 (11) 3123-7755


Website: https://www.facebook.com/trampolimstartupcafe/

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Autor: pre