O estudo foi realizado entre os anos de 2015 e 2016, sob coordenação do professor Felipe Thiago Souza.
O pedido de patente se refere ao processo de obtenção de reconhecimento da invenção da farinha à base do resíduo da Annona Squamosa L que, descobriu-se, possui propriedades nutricionais e farmacêuticas.
“Trata-se de um produto novo, que poderá ser utilizado como fonte de suplementação alimentar em farinhas tradicionalmente utilizadas na indústria de panificação, que possuem baixa quantidade de nutrientes”, explica o professor.
Alagoas é um dos três maiores produtores de pinha do país. Também conhecida como fruta-do-conde, é cultivada principalmente na região Agreste do estado. “Inicialmente, o projeto de pesquisa buscou propor soluções para minimizar os desperdícios da cadeia produtiva da pinha, que gira em torno de 30%, segundo a literatura”, diz Souza.
A equipe liderada pelo professor buscou avaliar o potencial biotecnológico da fruta. A partir daí, foi elaborada uma farinha com nutrientes que suplementam e complementam formulações usadas na indústria alimentícia, geralmente deficientes de minerais essenciais e substâncias com propriedades antioxidantes, e que inibem doenças degenerativas.
A farinha criada pelo grupo de estudos também possui quantidades significativas de cobre, ferro, manganês, zinco, cálcio e magnésio. Isso atende 20% do índice de ingestão diária recomendada de nutrientes.
Os estudos da pesquisa foram realizados nos campi Penedo e Maceió. O depósito da patente inclui o nome de outras sete pessoas, entre elas dois ex-estudantes do curso técnico em Açúcar e Álcool do Campus Penedo, Elenilson Santos e Jeisiely Silva, além de pesquisadoras docentes e alunas do Campus Maceió e da Faculdade Figueiredo Costa, em Maceió, Leane Silva, Nicole de Andrade, Thalyta Rabelo, Iara Valentim e Mônika Oliveira.
Fonte da Informação: https://g1.globo.com